domingo, 18 de outubro de 2015

Os Tomos de Taylor - Capítulo 3

A recompensa veio realmente em breve. Logo no dia seguinte alguns corvos trouxeram 500 moedas. Forgath ficou feliz.

O mal e o mal maior

Mas tudo ainda estava confuso. Ao que tudo indica os padres estavam fazendo algum ritual profano com Elizabeth. Mas ao mesmo tempo era Elizabeth que tinha abduzido e assassinado crianças em Applewatch. Pra tentar entender, resolvemos visitar o velho louco da vila. Como sempre, o velho louco se mostrou muito sábio.
Bjarte era seu nome. Disse que estava em Applewatch fazia muito tempo mas que na verdade vinha do norte, Skyrim. Ele nos explicou que o Deus dos Corvos procura por pecadores e os padres com certeza eram o alvo. Mas que outros deuses e demônios antigos também tinham influência no mundo. Aparentemente Elizabeth tinha um pacto com algum demônio e os padres, apesar de profanarem os mortos, estavam contendo um mal maior.
Discuti com Forgath se deveríamos parar Elizabeth ou não. A resposta foi bem anã: “Quem vai pagar?” Forgath decide voltar pra Cidade Imperial tentando encontrar o homem que nos deu a última missão—o Enviado do Corvo. Eu fiquei em Applewatch para aprender mais com Bjarte.

Muito além da nossa vã magia

Eu já sabia que os engomadinhos das escolas de magia eram uns alienados. O Império censura boa parte do que lhes é ensinado. Não ser lobotomizado foi um dos principais motivos pra eu seguir meu próprio caminho arcano. O que eu não sabia é quão míope eu também era. Bjarte me mostrou uma vasta área da magia chamada Piromancia, completamente esquecida (e de certa forma proibida) no Império. Essa área da magia lida com o fogo e aparentemente era muito difundida em Skyrim antes da catástrofe.
Perguntei-lhe sobre Lloyd, mencionado nas anotações dos padres. Nunca ouviu falar. Também sobre Elizabeth ele não sabia muito. O mundo é vasto. Mesmo um velho sábio como Bjarte não é capaz de entender todos os poderes envolvidos. Ele sabia apenas que existiam muitos deuses esquecidos, censurados pelo Império, e muitos demônios capazes de conferir poderes sobrenaturais para seus seguidores.

Desentendimentos

Forgath voltou após alguns dias. Veio contando de dois nórdicos planejando algo e disse que era melhor investigarmos. Saímos de Applewatch evitando a estrada e seguimos os dois nórdicos até Chorrol, uma cidade murada no noroeste de Cyrodiil.
Ficamos na mesma taverna que os dois e, durante a noite, fui tentar escutar o que eles tramavam. Silence de Forgath me ajudou a não ser detectado e tudo que ouvi foi: “…estamos sendo seguidos. São espiões do império. Temos que dar um jeito neles esta noite.” Estávamos preparados então quando recebemos a “visita” dos dois nórdicos. Com eles veio também o taverneiro, empunhando um machado. Mas tudo foi rápido e em poucos instantes os três estavam amarrados no chão do nosso quarto. Forgath os convenceu (ou melhor, o machado do Forgath os convenceu) de que não éramos espiões do império. Mais conversa e descobrimos que eles estavam indo pra Skyrim. Forgath e eu, decidimos ir junto. Muitos segredos e tesouros nos esperam por lá.

Entendimentos

Depois de gastar 100 moedas em roupas de frio partimos. Mas primeiro passamos em Applewatch. Fomos buscar Bjarte, em parte para convencer os nórdicos de que realmente não éramos espiões do Império, em parte para eu cumprir minha promessa de levar Bjarte para Skyrim.
Passamos nas ruínas de Ninendava onde encontramos os outros nórdicos. Vou usar esse meu Tomo para anotar o nome de todos. São muitos… Os dois primeiros que seguimos eram Ralof, o líder, e Lokir, o esguio. Vignfar, o taverneiro de Chorrol, era o outro que tinha experimentado o peso do machado de Forgath. Nas ruínas encontramos Hlofhl, o forte; Ogmaug, o matador de troll; e Balbgvar, o selvagem.

O portão para o Norte

Fomos então ao portão do norte, onde um pequeno grupo de soldados imperiais estavam de guarda. Ralof parecia conhecer o capitão da guarda, Hadvar, que era nórdico mas se recusava a abrir o portão. O que se segue é uma discussão acalorada que Forgath transformou em luta desesperada. Ajudei meu amigo anão com um Haste por que se não ainda estaríamos aqui esperando que aquelas pernas curtas carregassem aquela tonelada de armadura pelo portão.
Os soldados não sabiam direito o que fazer pois nós éramos evidentemente amigos de seu capitão. Hadvar não recuou e a luta se tornou sangrenta. Dois dos nossos companheiros caíram: Vignfar, o taverneiro, e Balbgvar, o selvagem. Ao longe um grupo imperial de Thalmors se aproximava. Thalmors são um grupo de elfos elitistas e xenófobos, sua ideia de igualdade é extermínio. Ficou claro que os Thalmors usariam a confusão de desculpa pra guilhotinar Hadvar, mas este não quis largar mão e não quis nos acompanhar para o Norte.
Conseguimos passar. Fechamos o portão atrás de nós. Estamos em Skyrim. Terra esquecida, amaldiçoada, temida. Guarda poderes e segredos ancestrais. Mal consigo conter minha alegria!

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