segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Os Tomos de Taylor - Capítulo 1

Cidade Imperial


Dizer que a cidade imperial é cheia de mistérios é um cliché que não chega aos pés da verdade. A cidade imperial transborda mistérios. Não tínhamos passado sequer uma tarde na capital e um velho de olhos sinistros, portando um anel obviamente mágico e se dizendo seguidor de algum deus antigo, menciona que está a procura de três ‘indivíduos que não respeitam os mortos’. Tradução: necromantes.

Ah, Cidade maravilhosa! Em menos de um dia você me presenteia com uma pista para o primeiro passo do meu plano. O velho disse que os tais ‘pecadores’ estariam em um vilarejo agrícola no norte do estado chamado Applewatch, perto da cidade fortificada de Bruma. Ele fez algo como uma proposta/ameaça. Nos ofereceu 50 moedas para cobrir os custos e disse que o deus dele estaria grato se cumpríssemos a missão… e que viria atrás de nós se sumíssemos com o dinheiro. O pagamento era justo (o suficiente pra convencer Forgath) mas pra mim a informação já era mais que o suficiente. Para o norte partimos.

 

Estrada para o norte


Veja bem, eu só preciso procurar por conhecimentos necromânticos em fins-de-mundo, e não em bibliotecas da capital, porque aqueles idiotas das escolas de magia não têm fibra pra lidar com a arte necromântica. A maioria emporcalha suas respectivas roupas de baixo só de pensar em espíritos e cadáveres. É por isso que eles serão sempre meros mortais…

A viagem para Burma foi sem grandes obstáculos. O tal deus fez questão de mostrar que estávamos sendo vigiados mandando mensagens em sonhos (corvos azuis) ou aparições (o guerreiro de espada azul). Ah é, também emboscamos três ladrões de estrada. Glue deu conta de mantê-los no lugar enquanto Forgath, turbinado por Might, deu conta dos três. Depois dessa luta percebi que precisamos criar uma sincronia nas nossas ações. Quase perdemos o elemento surpresa e, acredito, a luta.

Dentre os itens roubados me chamou a atenção um escudo com um brasão de um olho partido. Talvez esteja ligado aos tais necromantes. Passamos a noite no próprio esconderijo dos ladrões e concordamos em tentar vender nossos serviços de ‘caçadores de ladrões’ para alguém na cidade de Burma. Afinal, o serviço está feito e Forgath não ligaria nem um pouco de receber por isso. Saber quem perdeu o escudo também seria uma boa pista pra nossa missão.



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Outro fato estranho: Forgath disse que viu, logo ao amanhecer, um cavaleiro de uma ordem dita extinta. Aparentemente esse cavaleiro foi até nossa caverna e não ativou Watchdog criado por Forgtah. Ele achou aquilo muito estranho. Eu acho que ele tem que rezar direito pro deus dele não fazer magia fajuta.

 

Burma, Applewatch e a família Blackbead


Burma é uma cidade pragmática: sustento e proteção. A comida é escassa por causa do frio. As estradas são perigosas por causa da distância da capital. A vida não é fácil em Burma. Mas mesmo assim são acolhedores com viajantes. O chefe da guarda disse que, por falta de pessoal, não tem conseguido proteger as caravanas dos vilarejos até Burma. Eu e Forgath nos prontificamos a ajudar. Mas a cidade não tem dinheiro pra financiar nossa ajuda. O chefe da guarda disse que algum dos ricos fazendeiros de algum vilarejo poderia pagar nosso serviço.

No dia seguinte, domingo, todos da região se reuniram em Burma para a missa semanal. O chefe da guarda (ainda não sei o nome dele…) nos ajudou a conseguir um contato com a Sra. Blackbead, de Applewatch. Acompanhamos a Sra. Blackbead e seus serventes até Applewatch. E não recebemos nada por isso (Forgath ficou reclamando por horas e horas).

Applewatch é minúscula. O vilarejo não é nada mais que campos de batata, a mansão dos Blackbead e algumas poucas construções necessárias pro dia-a-dia da fazenda (estábulos, carpintaria etc.) Como o vilarejo não tem nada parecido com uma hospedaria, conversamos com os serventes pra arranjar um lugar pra ficar. Um dos serventes nos ajudou a conseguir um lugar pra dormir e nos contou sobre a família Blackbead. Apenas o Sr. Blackbead e a Sra. Blackbead restavam da família. A filha, Elizabeth Blackbead, morrera a menos de uma semana. Aparentemente Elizabeth era louca: andava pelas ruas em noites gélidas e dizia coisas sem sentido. A morte veio de repente e a família sempre foi bem reclusa.

 

Ligando os pontos


Três ‘indivíduos que não respeitam os mortos’ em Applewatch. Três membros da esquisita família Blackbead. Nossa melhor pista até então. Forgath, além de ser habilidoso com o machado e com o caneco de cerveja, é um ótimo clérigo. O deus dele confere o poder de falar com os mortos. Pra isso precisamos somente do nome do falecido e precisamos estar perto do corpo. Um servente nos disse que o corpo estava sendo velado na igreja do vilarejo.

Lá fomos nós e as coisas começaram a sair dos trilhos. Os três clérigos que cuidavam do corpo não deixaram sequer que víssemos Elizabeth. Disseram que somente poderíamos ver o corpo na missa de sétimo dia, quatro dias mais tarde. Resolvemos fazer uma versão mais difícil da magia Summon Spirit que funciona mesmo sem estar perto do corpo. Conseguimos fazer a magia. Nenhum espírito apareceu. Crap!

Nossa melhor hipótese é que Elizabeth está viva. Mais pontos pra ligar: aqueles três clérigos nos parecem suspeitos…

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