Forte nas Fronteiras de Abadom - Sessão 12

Jogo do dia 25/05/2013

Personagem (jogador) – pontos:

Daslo Windfeet, Pequenino sobrevivente (Xico) – 209

Sorel Dortengard, Anão guerreiro (Gustavo) – 220

Arcus, Humano arqueiro (Tiago) – 150

Hoggard, Humano bárbaro (Fraice) – 150

Depois de um hiato de oito (!) meses temos mais uma sessão nas Cavernas do Caos. Uma adaptação livre do clássico de D&D B2 Keep on the Borderlands para GURPS 4e no cenário de Tagmar (em Abadom, pra ser mais exato).

Tivemos uma mistura entre veteranos e “bixos”. Gustavo e Xico encarnaram Daslo e Sorel mais uma vez. Eles receberam Tiago (Arcus) e Fraice (Hoggard) pra formar seu novo grupo de exploradores.

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Hoggard chega no Forte logo após ao amanhecer. Sem saber, alguns momentos mais tarde, seu futuro companheiro de aventuras Arcus também põe os olhos pela primeira vez no Forte nas Fronteiras de Abadom.

Daslo e Sorel sentam-se na mesa de sempre, na taverna de sempre e pedem a cerveja de sempre. Pensando em como substituir o guerreiro Mors, que deixou o Forte sem se despedir de ninguém, os velhos companheiros de aventuras vêm dois claros novatos entrando na taverna. O mais alto, beeeeem mais alto, se dirige diretamente à mesa deles e pergunta se eles não precisavam de uma espada no grupo. Com mais de dois metros de altura e com a maior espada bastarda que alguém daquela taverna já viu, a decisão foi fácil: “Senta aí e toma uma com a gente!”.

O soturno arqueiro — o outro novato — é mais cauteloso e observa com atenção todos presentes na taverna. O taverneiro, já experiente com esse tipo de cliente vai logo dizendo:

— Procurando um grupo pra ir explorar as Cavernas?

— Sim — respondeu sem dar muita atenção — alguma sugestão?

— Aqueles ali já foram e voltaram vivos mais de dez vezes — disse apontando para Sorel e Daslo — e costumam ser bem abertos à novos companheiros de viagem.

Ainda desconfiado, Arcus se dirige à mesa. “Vocês conhecem o caminho para as Cavernas do Caos?”

Os dois veteranos medem Arcus e retrucam:

— Talvez. O que você tem para oferecer?

— Sou ótimo arqueiro, tenho certeza que serei útil.

— Então puxa uma cadeira e tome uma cerveja com a gente.

E assim se forma o grupo de aventureiros que sairia na manhã seguinte para as famosas Cavernas do Caos.

Antes de partir todos compraram rações pras viagens. Sorel e Daslo ainda pagaram pela estadia da última semana. Também tentaram chamar Rufus, mas este estava ocupado com seus deveres de sacerdote de Blator.

Dois dias de viagem depois onde Sorel e Hoggard mostram suas habilidades pesqueiras, o grupo chega nas entradas das Cavernas. Logo eles percebem vários rastros e trilhas dos mais diversos humanóides. Sorel até identifica um Dragoniano pelas suas pegadas.

O grupo decide entrar na caverna mais ao leste, próxima a base da montanha. Um cheiro forte de podridão exala da entrada da caverna. Ela parece ser uma mistura de caverna natural escavação sem muito cuidado. Logo após entrarem o grupo é atacado por bandos de ratos esfomeados. Depois de recuar o grupo resolve acender tochas (eles estavam entrando somente com uma pedra mágica de iluminação) para espantar os ratos. Com três tochas acesas o grupo segue pela esquerda. Eles vasculham pelo chão e acham somente algumas moedas de pouco valor.

Não tarda para eles encontrarem uma caverna com um barulho sinistro. Sorel usa sua experiência e Hoggard usa seu treinamento pra identificar, pelo barulho, o rugido do urso. O grupo recua ponderando se teria algum sentido enfrentar um urso em sua toca.

Seguiram pela parte direita da entrada e encontram uma pequena lagoa subterrânea povoada de peixes cegos. Daslo usa sua lança para fuçar nos entulhos no fundo da lagoa (approximadamente um metro de profundidade). Nesse meio tempo Arcus volta para uma das cavernas que ele tinha visto antes suspeito de alguma passagem secreta.

Aí a casa caiu.

Ou melhor, um lodo assassino caiu. Um não, dois. Um em cima de Sorel e outro de Daslo que estavam ocupados olhando pro fundo da lagoa. Freneticamente os dois veteranos tentam se desvencilhar do lodo com suas tochas. Eles acabam se queimando e com a ajuda de Hoggard — que sacode o pequeno hobbit pelas pernas — conseguem se livrar do lodo. Nesse tempo eles ouvem o grito de Arcus.

Preocupado em investigar as paredes da caverna, Arcus não percebe que foi encurralado pelo urso! O ataque é feroz, mas mesmo sem poder recuar Arcus consegue milagrosamente fugir das mordidas. Seus amigos logo chegam para ajudar e em poucos instantes matam o urso por trás.

Estando tudo bem com Arcus, Sorel e Hoggard voltam para a pequena lagoa. Hoggard destroi com a tocha mais um lodo assassino no teto. Sorel toma coragem e entra na água vasculhar o fundo da lagoa. Ele encontra um cálice aparentemente valioso.

O grupo resolve passar o dia na caverna fétida, lutando contra ratos que tentavam se saciar do urso caído. Arcus retira a pele do urso. Hoggard prepara um grande churrasco de urso e inclusive prepara o suficiente para a viagem de volta de todo mundo.

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Os jogadores novos já entraram na dança e começaram a explorar as Cavernas! Mas o dia foi meio miado de exploração, apenas uma caverna pequena e sem muitos perigos/tesouros.

Mesmo assim rolou um pouco de tensão. O personagem do Tiago (Arcus) teve sorte pra escapar do urso. Se seus amigos tivessem demorado mais quem ia ter um jantar farto seria o urso...

Dessa vez usamos o roll20 ao invés do MapTool. Também usamos o Google Hangouts ao invés do Skype (que já tínhamos usado em uma aventura mestrada pelo Gustavo). A mudança foi boa. O Hangouts é mais estável que o Skype — principalmente pra quem tem uma conexão mais devagar. Apenas o volume do som deixou um pouco a desejar, mas acho que o problema estava naquela pecinha que fica na frente do teclado.

O roll20 não tem o poder de macros do MapTool mas a facilidade de conexão e o repertório de tokens/imagens facilita bastante. Estou pensando seriamente em usar o roll20 como base pro jogo e rodar uma versão local do MapTool pras macros. É claro que vou ficar de olho no MapTool também, principalmente quando a versão 1.4 sair.